SENSEMAKING

“O maior desafio da comunicação é a ilusão de que ela aconteceu”

John Dewey

Sensemaking-1

ESTAMOS “INFOXICADOS”

O termo “infoxicação” foi utilizado pelo pesquisador catalão, Alfons Cornellá, ainda no século passado para representar a sobrecarga mental causada pelo excesso de informações no ambiente virtual. Em 1996, Cornellá já argumentava sobre a impossibilidade humana de absorver tamanho volume disponível de informações e como tal fenômeno nos levaria à dispersão e provocaria o aumento da sensação de ansiedade. Passados quase três décadas desde o surgimento do termo, estamos cada dia mais dispersos, ansiosos, exigentes e imediatistas.

Quando tratamos de comunicação colaborativa, o principal perigo não está em fazer com que as mensagens cheguem à sua audiência ou na falta de compreensão das mensagens. A maior ameaça está nas compreensões equivocadas e contraproducentes.

Grande parte das vezes, entendimentos e justificativas não alinhados com objetivos estratégicos só serão detectados quando influenciarem comportamentos e tomadas de decisão prejudiciais ao projeto em curso, ao negócio e/ou ao bem-estar das pessoas.

A efetividade da comunicação está condicionada à promoção de entendimentos pela interação e diálogo com as pessoas. Dentro do ambiente corporativo, estamos nos referindo a funcionários, fornecedores, parceiros, clientes e sociedade. Ser efetivo dependerá do poder de escuta, de síntese e da capacidade de repetir inúmeras vezes uma mesma narrativa nos mais diversos canais disponíveis. Deste modo, podemos considerar viável a tarefa de influenciar percepções, crenças e comportamentos.

mudanca

Por exemplo, quando uma empresa se depara com o desafio de comunicar processos de inovação, é importante assegurar que seus colaboradores estejam preparados para colaborar, neste caso, que funcionários e parceiros desenvolvam a capacidade de se adaptar a novos modos de pensar e agir. Ao mesmo tempo, é necessário comunicar de forma clara, aos clientes, demais stakeholders e à sociedade em geral a fim de que percebam o valor das propostas de mudança.

Com base em nossa ampla experiência no desenvolvimento de projetos de comunicação dentro das empresas, é comum ver as estratégias de comunicação interna e externa serem tratadas como coisas distintas e seguindo caminhos diferentes. Muitas vezes, estes caminhos se afastam tanto ao ponto de deixarem de fazer parte de uma mesma narrativa.

Storydoing

Quando a comunicação institucional, veiculada no site da organização ou nas redes sociais por exemplo, difere muito da comunicação usada no dia a dia da operação, entre gestores e funcionários, os colaboradores tendem a concluir que as mensagens dirigidas à sociedade não são para valer ou, pior, que a organização não cumpre o que promete. Esta percepção quando compartilhada, contamina a cultura institucional.

A efetividade na comunicação passa por esta aproximação. Quanto mais evidentes e coerentes são as conexões entre as estratégias de comunicação interna e externa, maiores serão as chances de sucesso.

mudanca-08

Somos especialistas no planejamento de narrativas para geração de valor e oferecemos consultorias de comunicação colaborativa fundamentadas no processo de negociação de sentidos (sensemaking).